Blog do Antonio Martins
Em três anos e seis meses de governo, o prefeito de São Luís, Edivaldo de Holanda Júnior (PDT), elevou em 212,70% a dívida da cidade. Em 2013, quando chegou ao poder sucedendo João Castelo (PSDB), Edivaldo Júnior herdou um déficit financeiro na ordem de R$ 323,9 milhões. Em 2015, o passivo consolidado que consta em documentos obtidos pelo blog é de R$ 485,8 milhões – quantia duas vezes maior.
Os números correspondem às informações de balanços fornecidos pela Prefeitura e que constam no cadastro de Endividamento de Estados e Municípios, do Banco Central (Bacen). A administração gasta mais do que arrecada para bancar despesas da propaganda.
Só com o governo federal e instituições financeiras (bancos públicos e privados), segundo o relatório, as dívidas da Prefeitura de São Luís com o somam mais de R$ 128.096.106,33. Até o mês de junho deste ano, a Administração Direta devia sozinha R$ 36.787.579,20 (trinta e seis milhões, setecentos e oitenta e sete mil, quinhentos e setenta e nove reais e vinte centavos).
DOCUMENTO
Confira os dois projetos que Edivaldo pediu autorização para eempréstimos
O endividamento do Município na gestão do prefeito Edivaldo Júnior são frutos de empréstimo que seriam para recuperar ruas e avenidas, construir hospitais, escolas, creches, dentre outros projetos. Em 2013, por exemplo, o chefe do executivo municipal pediu um empréstimo de R$ 99.415.845,10 junto a Caixa Econômica. No inicio de 2014, Edivaldo voltou a enviar mensagem à Câmara, para pedir uma nova liberação de financiamentos para a execução de obras de melhoria urbana no valor de R$ 71.237.650,00.
Somente de empréstimos para investimento na capital a dívida teve um acréscimo de R$ 67.129.333 em dezembro de 2012 para R$ 122.770.638 em 2015. Outro dado preocupante é o crescimento das dívidas oriundas de condenações judiciais que o município vem sofrendo, que passou de R$ 0,00 em 2012 para R$ 22.600.492 em 2015.
Segundo especialistas consultados pelo blog, o atual quadro financeiro é preocupante, pois demonstra uma dependência do município em contrair recursos de terceiros para financiar os investimentos necessários na cidade.