Em meio a denúncias envolvendo parentes e aderentes de deputados que embolsam ‘gordos’ salários na Assembleia Legislativa do Maranhão (AL-MA) (reveja aqui, aqui e aqui), o blog conseguiu detectar outra imoralidade que toma conta do parlamento.
A reportagem apurou que filhos de integrantes do judiciário maranhense também possuem cargos na Casa. E não é qualquer cargo.
Um desses, por exemplo, é ocupado por Adolfo Ávilla Chaves Cruz, filho da desembargadora Anildes de Jesus Bernardes Chaves Cruz, do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão (TJ-MA).
O filho da magistrada é lotado na Procuradoria Geral com cargo do tipo comissionado de assessor técnico legislativo. A salário bruto é R$ 10 mil, o que corresponde a quase 9 salários mínimos.
O ofício do cargo, na prática, é atuar no suporte das sessões plenárias, audiências públicas ou eventos promovidos pelo Poder Legislativo.
Apesar disso, o titular do Blog do Maldine Vieira apurou que Adolfo nunca cumpriu expediente na Casa e tampouco foi visto desempenhando suas funções, tratando-se exclusivamente dos chamados funcionários ‘fantasma’.
O manutenção do cargo do filho da desembargadora pode representar, em tese, suposta blindagem ao presidente da Casa Othelino Neto, do PCdoB, uma vez que ele já sentou nos banco dos réus e foi absolvido pelos desembargadores, numa ação onde respondia por formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica e corrupção passiva.
E MAIS
Além dos escândalos que envolvem desde a contratação de empresa de buffet por R$ 2 milhões (reveja aqui e aqui) à nomeação de parentes de deputados e filhos de magistrados, o blog identificou outra prática que é pulverizada em grande parte dos gabinetes: a famosa ‘rachadinha’.
A reportagem já conseguiu detectar ao menos três destes casos, onde ambos os funcionários ocupam cargos de Símbolo Isolado – ISO, com remuneração média de R$ 17 mil, mas não possuem qualquer tipo de patrimônio ou padrão de vida compatível com o alto salário.
Para piorar ainda mais a situação, alguns deputados chegam realizar empréstimos no nomes dos funcionários e depois de um tempo mandam exonerá-los. O caso é grave e deve abalar as estruturas do Palácio Manuel Beckaman.
Jorge Protásio
Só pilantras